quarta-feira, 2 de abril de 2008

Comércio eletrônico

Recentemente escrevi um texto, em conjunto com um cliente, para falar sobre comércio eletrônico e os impactos para quem o utiliza (e também para quem não o utiliza). Reproduzo aqui um trecho deste artigo que nos dá uma idéia da rapidez com a qual novos modelos de negócios são concebidos e adotados pelo mercado.

Boa leitura!

A velocidade com a qual as mudanças ocorrem no mundo dos negócios é vertiginosa. Não precisamos pesquisar muito para nos depararmos com tecnologias, produtos, práticas (e até mercados) que até bem pouco tempo nem sequer existiam.

Na década de 90 surgia no Brasil o aparelho celular e hoje temos mais de 100 milhões de usuários. Há pouco mais de 10 anos, surgia no Brasil o acesso comercial à internet. Em 1999 assistimos uma explosão de empresas atuando no segmento de internet e logo em seguida, no ano 2000, grande parte dessas empresas deixou de existir. Aquelas que conseguiram ultrapassar as dificuldades iniciais vivem em fase excelente.

O Google , por exemplo, que tecnicamente começou em 1995 e foi oficialmente constituído em 1998 em uma garagem quando recebeu o primeiro aporte de um investidor no valor de US$ 100 mil, fatura hoje US$ 6 bilhões ao ano e alcançou em 2007 um valor de mercado de 200 bilhões! Para efeito de comparativo, a gigante brasileira Petrobrás atingiu no mesmo ano o valor de mercado de 220 bilhões.

Quer um exemplo nacional? Também em 1999 surgia a Americanas.com e o Submarino, duas empresas de comércio eletrônico. Em 2006 estas empresas fundiram suas operações para criar a B2W, que atingiu um faturamento bruto de R$ 2,4 bilhões com lucro bruto de R$ 496,5 milhões

Outro bom exemplo é o caso da empresa aérea Gol, fundada em 2001, que adquiriu a Varig em 2007 e hoje detém uma fatia do mercado de aviação de 39,56% contra 48,86% de seu maior concorrente. Um modelo de negócios inovador que ofereceu aos seus clientes, com muito sucesso, a venda de passagens pela internet a preços extremamente competitivos.

Não há dúvida que a internet revolucionou nossas vidas. Basta imaginar como seria o nosso dia-a-dia em um mundo onde não existisse o e-mail , a declaração de imposto de renda pela internet, a compra de passagens aéreas ou o internet banking.

Algumas empresas vêm colhendo resultados tão favoráveis que as fazem investir crescentemente nesta tecnologia, seja para captar novos clientes e fidelizar os atuais, seja para treinar suas equipes através das soluções de ensino à distância ou simplesmente para fazer negócios.

E quando o assunto é negócio pela internet, podem-se buscar grandes ensinamentos e experiências com as instituições financeiras. Em 1997 surgiam as primeiras aplicações de internet banking em meio às dúvidas se a internet residencial era ou não viável. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos - Febraban, em 2006 as operações bancárias via internet originaram 6,16 bilhões de transações enquanto que as transações em caixas de agências responderam por 3,8 bilhões de transações. Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, o custo de uma operação feita no caixa é de R$ 1,10 contra R$ 0,10 das operações eletrônicas (internet ou caixa eletrônico). Portanto, isso representa grandes economias às instituições financeiras. E não é só nas transações eletrônicas que os bancos economizam. Enviar uma correspondência pelo correio custa 10 vezes mais do que utilizar o meio eletrônico.

Do lado do cliente também só há vantagens. Menos idas ao banco, menos tempo em filas e maior interatividade com a agência, a qualquer hora e de qualquer lugar e, por que não, mais segurança?

Segundo a Organização das Nações Unidas – ONU existem no mundo 1,2 bilhões de pessoas com acesso à internet, representando um sexto da população do planeta. No Brasil, que ocupa o sexto lugar na classificação mundial, atrás de Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e Índia, esse número já chega a 39 milhões de pessoas.

O índice B2BOL aponta que o volume de transações digitais entre empresas, por meio de portais proprietários ou via intermediários, atingiu a marca de R$ 492,4 bilhões em 2007, um crescimento de 39,7% frente aos R$ 352,3 bilhões registrados no ano anterior. A previsão para 2008 é de um volume correspondente a 644,5 bilhões de reais.

Em seu livro “A empresa na velocidade do pensamento”, publicado em 1999, Bill Gates mencionava que “na próxima década, os negócios vão mudar mais do que mudaram nos últimos cinqüenta anos”. Não precisamos esperar mais um ano para saber que ele estava certo!

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